Nunca se sabe se é pior, se é melhor
Se se joga, se não se joga E se responde o que não se sabe Se inventa ou não Faço silêncio de novo, dessa vez pra dormir Tá faltando graça e tá sobrando espaço Tá sobrando espaço sem abraço Coração inda vem me perguntar o que aconteceu
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
EU — É possível um rio secar completamente?
ELA — Claro que é.
EU — Mas será que ele não enche depois? Nunca mais?
ELA — Alguns sim, outros não.
EU— Mas nunca mais?
ELA — Sei lá, acho que não.
EU — Você tem certeza?
ELA — Certeza eu não tenho. Só estou dizendo que acho. Afinal não sou nenhuma especialista em matéria de rios, secos ou não.
EU — Sabe?
ELA — O quê?
EU — Eu tinha esperança que o rio voltasse a encher um dia.”
ELA — Claro que é.
EU — Mas será que ele não enche depois? Nunca mais?
ELA — Alguns sim, outros não.
EU— Mas nunca mais?
ELA — Sei lá, acho que não.
EU — Você tem certeza?
ELA — Certeza eu não tenho. Só estou dizendo que acho. Afinal não sou nenhuma especialista em matéria de rios, secos ou não.
EU — Sabe?
ELA — O quê?
EU — Eu tinha esperança que o rio voltasse a encher um dia.”
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Eu quero um amor que me vire do avesso, que mude minhas idéias, minhas formas, meus conceitos, eu quero um amor fresco, novo, suave, forte, eu quero me apaixonar pela vida, por mim, me sentir viva,
Me pegue no colo, me encha de beijos, e me cubra de amor, eu quero um amor egoísta, quero viver de amor, esquecer do mundo, das coisas que me preocupam, e que me ocupam. Eu quero sentir o calor do sol mais forte, quero enxergar as cores que deixei de perceber, quero sentir teu toque, teu cheiro, eu quero viver!
Como já cantava o poeta: Eu quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida...
sábado, 21 de agosto de 2010
Amores, desamores, poliamoares e amor nenhum
é possível que
meu ego seja tão
grande
que realmente precise de toda
atenção
do universo para simplesmente
rejeita-la; assim
como também é possível que o muro não seja
tão alto e denso como
aparenta e
por trás de todo ar indiferente e blasé
tudo o que
eu
secretamente queira seja
tão comum e humano quanto
alguém
para ouvir, falar, calar. deitar, dormir e acordar. sorrir,
discutir e discordar e concordar e
andar e parar e correr e chorar. dar, receber e
eventualmente
privar. mas ninguém nunca é
bom o bastante. ou interessante o bastante. ou
interessado o bastante. nada é
satisfatório e todos somos egoístas e
ocasionalmente
tristes. as pessoas não são sinceras umas com as
outras. as pessoas não são
sinceras com
elas mesmas. as pessoas não se
amam. as pessoas não se
amam e querem convencer-se do
contrário - há
as que
dizem e não
amam, há as que
amam
e não dizem.
sabe, as pessoas andam tão
obcecadas
por conquistar o
amor
alheio que esquecem-se completamente do
amor-próprio.
O amor é quando dois corpos, dois velhos corpos, madurados pelo tempo, beijam um ao outro, o mesmo beijo jovem, há décadas. O amor é a largueza do espírito, testado, vivido, que ainda guarda os sintomas da meninice, os rubores da infância. O amor é quando você pula amarelinha, aos cinco, aos dez, e aos oitenta. O amor não tem fronteiras; de tempo, de modo, e de intenções. Guarda-se virgem, como um padre, mas se avizinha com o profano. O amor cabe na palma da mão; ou no espaço curvo do universo. Sorri o último sorriso, como se fosse o primeiro! O amor não se esquece das meias, acarinha o neto; toma de assalto, uma mágoa, uma ofensa, depois chora escondidinho. O amor não renasce, o amor colhe. O amor tropeça na pedra do caminho, retira a pedra, e depois volta com ela, só pra não ferir a paisagem! E para não ofender o rito. Faz seu cocar, com as penas da muda, não maltrata o passarinho - embora brinque de estilingue. É mesmo contraditório e confunde, o amor. É mesmo soberano, e triunfa. Chega, exausto, ao limite da estrada, e não pede carona. Só pelo prazer de andar mais um pouquinho. Nenhum amor se contenta com barulho. Nenhum amor só opera com silêncio. O amor é de muitas, muitas perguntas, e muito poucas respostas. É nu, porque precisa de banho, cheira a talco, e sabe ser prudente. Olha a gente do fundo da dor, e da profundidade do riso. Dorme num fundo de armário, quando não pode estar presente, e acena na foto, que é lembrada na estante. O amor geralmente tem: cristaleira, cuidado, carinho, cabelos brancos (que pinta quando é vaidoso). Prepara o Natal, o domingo, o feriado; mas todo dia se arruma porque, se não me engano, o amor acorda cedo. Toma o sol da tardinha, conversa com os vizinhos, compra pão, tem muita história pra contar. O amor nem sempre acerta porque não aprendeu tudo. Mas já viveu quase, já amou quase. O amor já amou, muito, e também já foi amado.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos,
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra maneira se tornam absolutas
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar."
(Drummond)
domingo, 15 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo."
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