sábado, 21 de agosto de 2010

Amores, desamores, poliamoares e amor nenhum
é possível que
meu ego seja tão
grande
que realmente precise de toda
atenção
do universo para simplesmente
rejeita-la; assim
como também é possível que o muro não seja
tão alto e denso como
aparenta e
por trás de todo ar indiferente e blasé
tudo o que
eu
secretamente queira seja
tão comum e humano quanto
alguém
para ouvir, falar, calar. deitar, dormir e acordar. sorrir,
discutir e discordar e concordar e
andar e parar e correr e chorar. dar, receber e
eventualmente
privar. mas ninguém nunca é
bom o bastante. ou interessante o bastante. ou
interessado o bastante. nada é
satisfatório e todos somos egoístas e
ocasionalmente
tristes. as pessoas não são sinceras umas com as
outras. as pessoas não são
sinceras com
elas mesmas. as pessoas não se
amam. as pessoas não se
amam e querem convencer-se do
contrário - há
as que
dizem e não
amam, há as que
amam
e não dizem.
sabe, as pessoas andam tão
obcecadas
por conquistar o
amor
alheio que esquecem-se completamente do
amor-próprio.

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